Você já ouviu algum um Baião - ou seus parentes mais "achegados" - e percebeu que havia algo diferente, mas não sabia bem o quê era? Calma, isso é comum os ouvidos habituados desde o nascimento ao sistema tonal. O tonalismo é mais uma dessas coisas que nos enfiam goela abaixo e aceitamos sem saber o porquê. De forma bem simples é o que condiciona a maioria dos músicos ocidentais a escolher entre o tom maior ou menor. Logo, isto limitou muito as reclamações do nosso Tim Maia. É pouco provável alguém ter escutado o eterno sindico esbravejar "Alô cadê o retorno! O guitarrista tá tocando nota fora, isso aqui é em mixolídio. Mixolídio não é a mais nova gíria dos DJs, na verdade, é uma expressão bem antiga, pra ser mais preciso da Grécia antiga. À época, cada região da Grécia tinha modo bem particular de organizar os sons, por exemplo, na Frigia os habitantes entoavam as notas ao modo Frígio, na Lídia, ao modo lídio, e assim por diante. O mais interessante que para achar um exemplo a escala mixolídia - que é o misto de alguns desses modos gregos - não precisamos de máquina do tempo e nem sequer sair do Brasil. A música nordestina é recheada desta sonoridade. Um carioca, caçador de sons diferentes - talvez pela convivência com Hermeto Pascoal, com quem tocou de 1981 até 1993 - e multi-instrumentista Carlos Malta foi beber nesta fonte para criar um dos seus melhores trabalhos até hoje, "Pife Muderno". A virtuosidade de Malta se projeta entra a harmonização do pandeiro e da zabumba. Com você, o som moderno de Malta inspirado num terno de pífanos nordestinos.
segunda-feira, 16 de junho de 2008
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Tropicalista
Postado por
Hugo Soares
O ex-violoncelista da osquestra da UFBA - Universidade Federal da Bahia - Tom Zé interpreta como ninguém a composição Estrangeirismo, de Carlos Silva e Sandra Regina. A música narra a ida de um grupo de amigos para uma lanchonete multinacional, e como o local estava lotado, foram obrigados a caminhar pela cidade inteira em busca de comida. No trajeto se veêm como "analfabetos", apesar de dominarem o português, tamanho o estrangeirismo enraizado no país.
Tom Zé, como o último Tropicalista, ficou esquecido por muitos anos pelo grande público e ainda hoje figura apenas com facilidade no meio alternativo. Mesmo não estando nas paradas de sucesso do país o som do baiano continua marcante e persuasivo.
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Quem ouve Tom Zé com atenção geralmente não esquece facilmente. Com você, Tom Zé, em Estrangeirismo. Ouça no link Músicas.
Tom Zé, como o último Tropicalista, ficou esquecido por muitos anos pelo grande público e ainda hoje figura apenas com facilidade no meio alternativo. Mesmo não estando nas paradas de sucesso do país o som do baiano continua marcante e persuasivo.
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quarta-feira, 4 de junho de 2008
Primeira Parada
Postado por
Hugo Soares
Japão
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Som Ocidental na Terra do Sol Nascente
Nobody Knows
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Som Ocidental na Terra do Sol Nascente
A nossa primeira parada é do outro lado do mundo. Existem comentários de que música japonesa tem ganhado força no meio alternativo brasileiro. Os "Emos" tem apreciado o som pop oriental por aqui. Mas não foi por este caminho que conheci a banda Nobody Knows. Na verdade, quem acampanha pela internet os episódios de Naruto Shippuden já devem ter escutado essa espécie de hip hop japonês, carregada de vários outros elementos da música ociental. A abertura desta fase do anime traz como curiosidade o pop cantado numa língua com a qual a maioria de nós (brasileiros) não está habituado. No mais, na emissão de cada nota da melodia vem embutido o já conhecido intusiasmo japonês. Com você, Nobody Knows, em Hero's Come Back.
Nobody Knows
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Ponto de Partida
Postado por
Hugo Soares
Um carro, ou melhor, um ônibus e de vez em quando um avião. Patrocínio de qualquer multinacional. Quem sabe assim poderia sentir os cheiros dos lugares onde gostaria de estar e passar minhas experiências. Até lá, os aromas vão continuar distantes, mas a tecnologia já nos permite ouvir os sons dos mais distantes cantos do planeta.
Sons esconsos, ou escondidos, estão espalhados pelo mundo prontos para nos contar um pouco do que acontece nestes lugares de culturas tão diversas, exóticas em muitos casos para nós - como é a nossa para eles. E mesmo ali, bem do seu lado, pode ser que haja alguém que vai te trazer algo novo, ver o mundo de outra maneira. Aqui é apenas o ponto de partida desta viagem pelo universo da música. Não me importa se já faz parte da indústria cultural ou não. O que for esconso pra alguns estará aqui.
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